São Cosme e São Damião.
São Cosme e São Damião eram gêmeos que viveram na Arábia pelos fins do terceiro século e inícios do quarto. Afirma-se que eram médicos. Depois da conversão, curavam mais pela virtude do que pela medicina. Não aceitavam receber um centavo pelo serviço prestado. Os irmãos aproveitavam também para divulgar a fé cristã entre aqueles que se recuperavam das doenças. As perseguições do Imperador Diocleciano, porém, não demoraram a frear a ação benéfica destes "médicos do amor". Foram presos e forçados a negar sua fé. Sofreram torturas. Condenados à morte, resistiram milagrosamente a pedradas e flechadas, mas acabaram morrendo decapitados. Inúmeros milagres se deram na sepultura deles. Na festa, é costume distribuir balas e doces para as crianças.
Foram martirizados na Síria, porém é desconhecida a forma como morreram. Seu culto já estava estabilizado no Mediterrâneo no século V. Perseguidos por Diocleciano, foram trucidados e muitos fiéis transportaram seus corpos para Roma, onde foram sepultados no maior templo dedicado a eles, feito pelo Papa Félix IV (526-30), na Basílica no Fórum de Roma com as iniciais SS - Cosme e Damião.
Alguns relatos atestam que eram originários da Arábia, mas de pais cristãos. Seus nomes verdadeiros eram Acta e Passio. Surgiram várias versões, mas nenhuma comprovada com fundamento histórico. Em uma das fontes, explica-se que eram dois irmãos, bons e caridosos que realizavam milagres. Alguns relatos afirmam que foram amarrados e jogados em um despenhadeiro sob a acusação de feitiçaria e inimigos dos deuses romanos. Em outra versão, na primeira tentativa de morte, foram afogados, mas salvos por anjos. Na segunda, foram queimados, mas o fogo não lhes causou dano algum. Apedrejados na terceira vez, as pedras voltaram para trás, sem atingi-los. Por fim, morreram degolados.
Depois de mortos, apareceram materializados ajudando crianças que sofriam violências. Ao gêmeo Acta é atribuído o milagre da levitação e ao gêmeo Passio a tranqüilidade da aceitação do seu martírio. A partir do século V os milagres de cura atribuídos aos gêmeos fizeram com que passassem a ser considerados médicos, pois, quando em vida, exerciam a medicina na Síria, em Egéia e Ásia Menor, sem receber qualquer pagamento. Por isso, eram chamados de anargiros, ou seja, inimigos do dinheiro. Mais tarde, foram escolhidos patronos dos cirurgiões.
Sempre confiantes em Deus, oravam e obtinham curas fantásticas. Também foram chamados de "santos pobres". Muitos esforços foram feitos para demonstrar que Cosme e Damião não existiram de fato, que eram apenas a versão cristã dos filhos gêmeos pagãos de Zeus. Isto não é verdade, embora haja evidências de que a superstição popular muitas vezes fez supor haver em seu culto uma adaptação do costume pagão.
No Brasil, em 1530, a igreja de Iguaraçú, em Pernambuco, consagrou Cosme e Damião como padroeiros. No dia 27 de setembro, quando é realizada a festa aos santos gêmeos, as igrejas e os templos das religiões afro-brasileiras são enfeitadas com bandeirolas e alegres desenhos.
Nas religiões de matriz africana, são associados aos "ibejis", gêmeos amigos das crianças que teriam a capacidade de agilizar qualquer pedido que lhes fosse feito em troca de doces e guloseimas. O nome Cosme significa " o enfeitado" e Damião, "o popular".
Protege:
¨ Orfanatos
¨ Creches
¨ Doceiras
¨ Filhos em casa
Espíritos de Crianças manifestan-se na Umbanda sob a regência de São Cosme e São Damião, chegam para trazer alegrias a quem precisa e para dizer as verdades de maneira mais simples.
São vários os nomes que usam, sempre em diminutivo, como apelidos de meninos e meninas. (Ex. joãozinho, mariazinha).
Adoram brincar, doces, pracinhas, ajudam a família a se harmozinar, a conseguir emprego, as mulheres a engravidar.
São sempre doces e amáveis e precisam ser controlados em suas brincadeiras.
Oferendas às Crianças
Como crianças que são gostam muito de receber doces coloridos bem açucarados, refrigerantes, tortas, brinquedos, balões, tudo bem arrumado em uma pracinha com gangorras e balanços.
Amei o seu blog, parabéns.
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